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Pedagoga, casada, 49 anos. Dizem que tenho dom de escritora, poetisa...mas tenho mesmo é paixão pela vida! Defendo aquilo que acredito ainda que para muitos, possa parecer loucura ou utopia. Abomino qualquer forma de preconceito, tenho defeitos como qualquer ser humano e qualidades inigualáveis. Sou romântica, sonhadora, corajosa e por vezes impulsiva! Tenho gana de viver e disposição para aprender. E em meio a tudo que já vivi, tiro conclusões positivas e esclarecedoras para escrever a minha história. Acredito sinceramente que quando queremos muito alguma coisa, o universo conspira a nosso favor! "Seja qual for o seu sonho - comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia." (Goethe)... Resolvi criar este Blog para expressar melhor o meu mundo interior, minha visão sonhadora, realista e principalmente particular diante de assuntos diversos, sem me sentir dona da razão, até porque razão nunca foi o meu forte...Eu quero mesmo é ser feliz!!! :) Sejam todos muito bem-vindos ao "Mundo da Lú"!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

80 ANOS DO MERCADO MUNICIPAL DE SÃO PAULO




Muita coisa mudou no Mercado Municipal Paulistano desde sua inauguração, no dia 25 de janeiro de 1933. Hoje, coexistem no mesmo espaço marcas antigas - a maioria delas ligadas a negócios familiares, que passaram de pai para filhos e netos - e outras mais recentes, mas que também já estão fazendo história no Mercadão. 


Além disso, ao longo dos anos - e em especial após a reforma de 2004, quando o prédio também foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio  Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT) -, o Mercadão ganhou projeção internacional, sendo hoje um dos pontos turísticos mais visitados na capital paulista.

O Mercado Municipal Paulistano foi construído para substituir o mercado velho que ficava na rua 25 de Março, local onde os comerciantes vendiam seus produtos ao ar livre. Hoje, nas barracas do municipal pode-se encontrar de tudo: frutas, verduras, carnes, peixes, sementes e cereais, além dos tradicionais sanduíches de mortadela e pastéis de bacalhau.



Em 1924, com o crescimento da cidade, foi aprovada uma lei autorizando a construção de um novo mercado. O Mercado Central, como é conhecido hoje, talvez tenha sido o último dos grandes edifícios que foram erguidos a partir do final do século XIX para que a cidade consolidasse cada vez mais suas imagens de “Metrópole do Café”.


O responsável por sua construção foi o arquiteto de origem portuguesa Francisco de Paulo Ramos de Azevedo (1851 — 1928). Ele tinha o mais conceituado escritório de arquitetura da época — e elaborou também o teatro Municipal, o Palácio das Indústrias, a Pinacoteca, os Correios, Telégrafos e o Colégio Sion. Em seu escritório trabalhavam portugueses, brasileiros e italianos, entre eles Felisberto Ranzini, que desenhou as fachadas do Mercado. 

O estilo da construção escolhido foi o uso de fachadas sóbrias, com colunas internas e externas em estilo grego, jônico ou dórico. Telhas de vidros, clarabóias e vitrais complementam o conjunto, criando uma perfeita iluminação natural. 

A execução dos vitrais foi entregue ao artista russo Conrado Sorgenicht Filho, cujo trabalho também pode ser apreciado na Catedral da Sé e em outras 300 igrejas brasileiras. Ao todo são 32 painéis, subdivididos em 72 vitrais. Nestes vitrais, pode-se ver o trabalho manual do colono através de suas obras compostas por paisagem de cultivo e colheita, tração animal para o arado e para transporte além da criação de gado e de aves. 



Da pesquisa à execução, Conrado levou quatro anos. Contudo, o arquiteto brasileiro Ramos de Azevedo não veria terminada a sua construção, vindo a falecer em 1928, deixando para seus sócios Armando Dumont Villares e Ricardo Severo a finalização da obra. 


Em 1932, a construção do Mercado Municipal se conclui. Porém, armas e munições foram os primeiros produtos estocados em seu interior, no lugar das frutas e peixes. Era a Revolução Constitucionalista. Relata-se que alguns soldados treinavam pontaria mirando as cabeças das figuras nos vitrais. Portanto, Conrado teve que trabalhar por mais dois meses repondo os fragmentos quebrados. 

Em 25 de janeiro de 1933, às margens do rio Tamanduateí, numa área de 12.600m², ele foi finalmente inaugurado, quando São Paulo contava com uma população de um milhão de habitantes. Através do Decreto nº 35.275 de 06/07/1995, passou a denominar-se Mercado Municipal Paulistano. 

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